Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas Й fбcil fazer um castelo
Corro o lбpis em torno da mгo E me dou uma luva E se faзo chover Com dois riscos tenho um guarda chuva
Se um pinguinho de tinta Cai num pedacinho azul do papel Num instante imagino Uma linda gaivota a voar no cйu
Vai voando, Contornando a imensa curva norte sul Vou com ela viajando Havaн, Pequim ou Istambul Pinto um barco a vela, Branco, navegando, Й tanto cйu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo Um lindo aviгo rosa e grenб Tudo em volta colorindo Com suas luzes a piscar Basta imaginar e ele estб partindo, Sereno, lindo, E, se a gente quiser, Ele vai pousar
Numa folha qualquer Eu desenho um sol de partida Com alguns bons amigos Bebendo de bem com a vida De uma Amйrica a outra Consigo passar num segundo Giro um simples compasso E num cнrculo eu faзo o mundo
Um menino caminha E caminhando chega num muro E ali logo em frente A esperar pela gente o futuro estб
E o futuro й uma astronave Que tentamos pilotar Nгo tem tempo nem piedade Nem tem hora de chegar
Sem pedir licenзa Muda nossa vida E depois convida A rir ou chorar
Nessa estrada nгo nos cabe Conhecer ou ver o que virб O fim dela ninguйm sabe Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela De uma aquarela Que um dia enfim Descolorirб
Numa folha qualquer Eu desenho um sol amarelo (que descolorirб)
E com cinco ou seis retas Й fбcil fazer um castelo (que descolorirб)
Giro um simples compasso E num cнrculo eu faзo o mundo (que descolorirб)
Corro o lбpis em torno da mгo E me dou uma luva (que descolorirб)@TParуdia: Eleiзгo@TOriginal: Aquarela (Toquinho)@TAutor: Paulo Bachim Gуis Manso <[email protected]>
Numa urna qualquer eu escolho um ladrгo miserбvel E com o meu voto eu a- judo Sгo Paulo a afundar
Um monte de mentiroso eu nгo sei em quem vou votar O Maluf й um ladrгo e o Collor se acha o bonzгo
Se um pinguinho de simancol cai num candidato na eleiзгo Num instante me toco que estou tendo uma alucinaзгo
Vai sonhando, Com uma nova Sгo Paulo bem melhor Abra o olho e se toque que isso, nгo vai dar Tento escolher um bom candidato, Й tanto ladrгo, nessa eleiзгo
Entre eles vem surgindo Uma nova opзгo й o Geraldгo Ninguйm sabe o passado desse cara, mas votarгo Basta imaginar a eleiзгo partindo, Todos discutindo, E, se a gente quiser, A gente vai se safar
Numa urna qualquer eu aperto o botгo de CONFIRMA Com alguma esperanзa Faзo o Sinal da Cruz De uma Cidade a outra Consigo votar num segundo Aperto um simples botгo E posso acabar com o mundo
Um adulto caminha E caminhando chega na urna E ali logo em frente A esperar pela gente, Sгo Paulo estб
E Sгo Paulo й uma mala Que tentamos carregar Nгo tem nada, nem espaзo Nem tem hora de estourar
Sem ter candidato Que resolva a crise Candidatos bixas Que vгo se danar
Nessa eleiзгo nгo nos cabe Conhecer ou ver o que virб Nem o candidato sabe Bem ao certo o que farб
Vamos todos numa bela ferradela De uma eleiзгo Que um dia enfim Acabarб
Numa urna qualquer Eu escolho um ladrгo miserбvel (que se ferrarб)
E com o meu voto eu ajudo Sгo Paulo afundar (e acontecerб)
Um monte de menti- roso eu nгo sei em quem vou votar (eu vou me ferrar)
O Maluf й um ladrгo e o Collor Se acha o bonzгo (os dois vгo se ferrar) |
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